

DOENÇAS REUMÁTICAS E RARAS
Tenha acesso a SUPERANDO pelo email: superandolupus@gmail.com e pelas redes sociais:
• FACEBOOK: @superandoolupus
• INSTAGRAM: @superandolupus
• YOUTUBE: Canal da SUPERANDO
PSORÍASE E ARTRITE PSORÍASICA
A Informação Em Movimento Sem Preconceitos
Psoríase é uma doença inflamatória crônica, imunomediada, que ocorre em pacientes geneticamente predispostos. É uma doença que acomete a pele e articulações, e pode estar associada a várias comorbidades.
A prevalência mundial é de aproximadamente 2% da população, e no Brasil, em estudo realizado por Romiti e cols, sabemos que a prevalência é de aproximadamente 1,3% da população, ou, cerca de 2,6 milhões de pessoas acometidas pela psoríase.
A psoríase se caracteriza por uma distribuição bimodal em relação à idade de aparecimento da doença. A população representada pelo primeiro pico é denominada psoríase tipo I e o segundo, tipo II. O tipo I, compreendendo cerca de 75% dos pacientes com psoríase, ocorre entre 15 e 20 anos de idade e apresenta um quadro clínico mais grave. Associação com alelos HLA de classe I, HLA-Cw6, é mais observado nesse subtipo. O tipo II é mais esporádico e inicia-se entre 50 e 60 anos de idade.
Existe uma predisposição genética para a psoríase, uma herança poligênica e multifatorial. Aproximadamente um terço dos pacientes relata ao menos um parente de primeiro grau afetado. O risco de um descendente ter a doença é de 41% se ambos os pais forem afetados, 14% se um dos pais for afetado e 6% se um irmão for afetado, comparado com 2% se não houver casos na família.
A interação entre vários genes, fatores ambientais e distúrbios psíquicos pode levar a desregulação do estado imunológico, tanto do sistema imune inato como o adquirido. As vias Th17/IL-23 e Th1/ TNF-α são reconhecidas como os principais eixos envolvidos na patogênese da psoríase, e antagonistas de TNF-alfa, IL-23 ou IL-17 tem a capacidade de controlar grande parte dos sinais e sintomas dos pacientes com psoríase.
A psoríase pode ser desencadeada ou agravada por vários fatores ambientais, como infecções, drogas, cigarro e bebida alcoólica.
Agentes infecciosos têm sido associados com exacerbações da psoríase, incluindo algumas bactérias e vírus. A associação de piora ou desencadeamento da psoríase vírus da imunodeficiência humana (HIV) também é bem estabelecido.
Drogas como lítio, antimaláricos, interferon alfa são implicadas no desencadeamento ou exacerbação da psoríase. A retirada rápida de corticóides tópicos usados em grande extensão, ou sistêmicos, podem agravar o quadro de psoríase em placas ou induzir a formas graves da psoríase.
Existem evidências da relação entre consumo de álcool e o desencadeamento da psoríase, assim como a relação de piora do quadro com o cigarro.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A avaliação do paciente inicia-se pelo quadro cutâneo e ungueal, e pela investigação de queixas articulares inflamatórias. Na suspeita de quadro inflamatório articular, a avaliação pelo reumatologista é fundamental, para que se possa fazer o diagnóstico correto, e, em conjunto, conduzir o paciente da melhor forma possível.
O diagnóstico na grande maioria das vezes é clínico, não havendo necessidade de realizar biópsia. A forma de apresentação mais comum é a psoríase em placas, que ocorre em 90% dos casos. É caracterizada por pápulas e placas eritematoescamosas de tamanhos e formas variadas, e podem se distribuir de forma localizada ou generalizada. Os locais de acometimento mais comuns são as áreas de extensão dos membros como cotovelos e joelhos, além do couro cabeludo, que é frequente.
Outras formas clínicas como a psoríase gutata, a invertida, eritrodérmica, pustulosa e palmo plantar são características dessa doença. Independente da forma clínica da psoríase na pele, a artrite psoriásica pode estar presente ou não.
Em todas as formas clínicas, sintomas como prurido, queimação, ardência e dor são frequentes.
Em relação ao acometimento ungueal, 80% dos pacientes com psoríase em placas e 90% dos pacientes com artrite psoriática têm envolvimento ungueal em algum momento da evolução da doença. As alterações ungueais devem ser examinadas com cuidado, pois podem indicar comprometimento articular.
Na maioria das vezes, o dermatologista é o primeiro profissional a atender o paciente com psoríase e poderá fazer a suspeita de artrite psoriásica. Esse diagnóstico de artrite psoriásica é de fundamental importância para o paciente, que muitas vezes nem suspeita dessa associação.
A prevalência da artrite psoriásica na população é de 0,1 a 0,25% e, em pacientes com psoríase, varia de 6 a 42%. Acomete igualmente homens e mulheres, e é mais prevalente na terceira e quarta décadas da vida.
As lesões de pele costumam preceder a artrite em 75% dos casos, ou aparecer simultaneamente em 10% dos pacientes, e, em 15% dos casos, a artrite precede as lesões de pele34. De modo geral, as manifestações de artrite psoriásica se manifestam após anos de existência da doença dermatológica, e os sinais e sintomas devem ser valorizados e investigados.
A artrite psoriásica é caracterizada por dor e/ou edema nas articulações, entesite, dactilite e rigidez matinal. Essas manifestações clínicas variam de acordo com a predisposição de cada paciente.
Existem pelo menos 05 formas clínicas de artrite psoriásica. Oligoarticular, poliarticular, mutilante, entesítica e axial.
A gravidade da manifestação cutânea não está associada a gravidade ou presença da doença articular.
COMORBIDADE
Na última década, o conceito de psoríase evoluiu de uma doença cutânea e articular para uma doença inflamatória crônica da pele, associado a comorbidades.
Estudos epidemiológicos mostram que psoríase está associada a um maior risco de comorbidades e de mortalidade. As comorbidades classicamente associadas com psoríase são a doença intestinal inflamatória crônica, distúrbios psiquiátricos e psicossociais, e comorbidades cardiovasculares secundárias às alterações metabólicas, como diabetes, obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial e doença coronariana.
Síndrome metabólica e seus componentes individualmente são mais prevalentes entre pacientes com psoríase comparados aos que não apresentam a doença. Obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia são mais prevalentes em pacientes com psoríase, e vários estudos tem demonstrado a relação de agravamento dessas comorbidades principalmente nos pacientes com a doença mais grave.
A psoríase tem um impacto na qualidade de vida negativo tanto físico como emocional, comparável a outras doenças sistêmicas. É comum observar que os pacientes com doenças dermatológicas acabam se escondendo atrás de roupas e acessórios, e muitos deles não conseguem lidar bem com a exposição da doença no seu dia a dia, principalmente quando as lesões são disseminadas.
Pacientes com psoríase têm aumento do risco de depressão e ansiedade em comparação com a população geral. O sofrimento psicológico pode afetar tanto o desencadeamento quanto nos resultados do tratamento da psoríase.
Muitas vezes, a avaliação do psiquiatra deve ser orientada. Intervenções incluindo grupos de apoio, aconselhamento, técnicas de relaxamento, meditação, podem ser benéficos, melhorando a qualidade de vida de alguns pacientes.
O objetivo do tratamento dos pacientes com psoríase visa o controle da inflamação, seja através de medicamentos ou por mudanças no estilo de vida. Afastar fatores de piora sabidamente conhecidos como o cigarro e o álcool, e o controle das comorbidades clínicas fazem parte do tratamento.
TRATAMENTO
Pacientes que apresentam poucas lesões ou com menos de 10% de comprometimento da pele, podem ser tratados com medicamentos tópicos.
Tratamentos clássicos com fototerapia com luz ultravioleta (UVB narrow band ou PUVA), metotrexate, ciclosporina ou acitretina são frequentemente realizados nos pacientes que apresentam a forma moderada a grave da doença.
Os medicamentos biológicos que foram aprovados a partir de 2005 para o tratamento da psoríase no Brasil, foi um grande avanço na história da psoríase. Muitos pacientes que já não respondiam mais da forma esperada aos tratamentos clássicos, voltaram a ter uma resposta adequada, e com isso, melhoraram muito a qualidade de vida. Ainda assim, muitas vezes, existe a necessidade de associação das drogas clássicas ou da fototerapia com biológicos para otimizar a resposta do paciente. É importante que a indicação das drogas e tratamentos sejam baseados em consensos e algoritmos reconhecidos.
Evidências cientifícas e epidemiológicas contribuem para o melhor conhecimento da psoríase, fazendo com que a psoríase seja considerada uma doença muito além da pele. Atualmente, enxergamos esse paciente com psoríase como aquele que apresenta outras comorbidades associadas, além do quadro cutâneo e articular. É de extrema importância que os pacientes sejam orientados quanto a este risco, a fim de rastrear e tratar adequadamente as condições associadas à morbidade e mortalidade.
Dessa forma, o paciente com psoríase muitas vezes necessita de uma equipe multidisciplinar. A interação entre as especialidades e o trabalho em conjunto é fundamental, principalmente quando apresenta a forma grave e acompanhada de outras comorbidades. Dermatologistas em conjunto com reumatologistas, endocrinologistas, cardiologistas, psiquiatras, psicólogos, e nutricionistas são de fundamental importância para que se possa ter um sucesso terapêutico e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
DEPOIMENTOS


Francisca Sena Magalhães do Nascimento, 51 anos, há 28 anos começaram as lesões, veio assim o diagnóstico de Psoríase. Depois de 10 anos do diagnóstico da Psoríase veio o de Artrite Psoriásica, além da Doença de Chron. A Artrite Psoriásica é a que mais me incomoda, pois tem períodos que me limita a andar, ficando na cama dependendo das pessoas. Infelizmente as articulações do pé se deformaram e está inflamando as das mãos, que já estou cuidando e está bem melhor, graças ao resultado da medicação biológica atual, pois já utilizei quase todas que vocês possam imaginar. Como paciente não temos muito o quê fazer, é necessário conviver com a doença. A melhor coisa é conhecer a doença, enfrentar, fazer o tratamento corretamente que a superação vem.
Francisca do Nascimento A IRRADIANTE

Francisca de Assis Barbosa. Mendonça, 57 anos, fui diagnosticada com Artrite Psoriásica há 27 anos. A doença surgiu quase 01 ano após um parto complicado, usei todos os tipos de medicamentos sem sucesso, inclusive pomadas, cremes, fototerapia e tratamento psicológico. Vi minha vida mudar completamente, já não podia vestir as roupas que eu gostava, com o aparecimento das lesões por todo o corpo deixei de usar roupas escuras, camisetas regatas, bermudas, vestidos, me escondia em baixo de roupas de mangas compridas, usava o cabelo de forma que não vissem o meu couro cabeludo, uma loucura!
Sempre passando com os especialistas, até que em uma consulta com minha atual dermatologista, fui convencida a usar uma medicação biológica, depois de fazer vários exames comecei o tratamento e para minha surpresa na 4ª aplicação semanal, já estava sem lesões do corpo e couro cabeludo inclusive sem dores. Há exatamente 02 anos, posso afirmar que vivo um momento de superação da minha doença, na qual me encontro do jeito que sempre quis, tendo minha vida de volta, sem ter que me esconder pela doença que tenho!
Insistir, persistir e não desistir jamais!


Gerlane de Cássia Pontes da Silva, tenho 39 anos, e tive o diagnóstico de Psoríase há 21 anos atrás. Sou casada, tenho 02 filhos, trabalho e tenho uma vida normal após entender a doença que convivo e principalmente minha adesão ao tratamento. Tenho muita fé em Deus e para superar as dificuldades da doença tenho o apoio familiar, que é de suma importância, além da confiança no tratamento e na minha médica que já me acompanha há muitos anos.
Gerlane da Silva A CONFIANTE

João Ferreira Melo Neto, 42 anos, desde os 20 anos convivo com vitiligo, era caminhoneiro, possuía meu próprio caminhão e amava minha profissão. Em 2012, fui diagnosticado com psoríase, passei 03 anos me tratando inicialmente num hospital da minha Cidade e depois em outro na Cidade de Guarulhos, nesse período fui diagnosticado com Artrite Reumatoide. Em 2015, fui encaminhado para a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, após entender e seguir as orientações médicas, com muita luta consegui controlar a Psoríase com a graça de Deus. Porém, hoje minha grande luta é a Artrite Reumatoide, pois ela tem atrapalhado muito com os acometimentos de pés, mãos, e recentemente joelhos e coluna, que me deixaram esse ano 07 meses na cama, dependendo de tudo, tive que vender meu caminhão e com ação judicial entrei no auxílio doença, mas o apoio familiar foi muito importante para me manter firme na fé, na determinação que tudo isso vai ser controlado e acredito muito no tratamento tenho recebido e agradeço muito aos médicos da Santa Casa, que confio e são ótimos.
![]() |
![]() |
![]() |
---|---|---|
![]() |
![]() |
![]() |


Júlio César Gonçalves, 49 anos e com diagnóstico de Artrite Psoriásica. Em 1994 começaram a surgir alguns sintomas da doença. A princípio não causava nenhum incômodo, mas com o passar do tempo começaram a me incomodar, às vezes, eu acordava com o travesseiro e o lençol com sangue. Sem saber o que estava acontecendo, procurei um dermatologista, que infelizmente não ajudou muito. Entre 1995 e 1996 fui diagnosticado com psoríase, convivi com as lesões e fiz tratamento com pomadas e cremes de hidratação para a pele. Em 1998, tudo começou a mudar drasticamente, fora as lesões, começaram aparecer também pústulas no corpo, com as pústulas veio às dores, febre e dores nas articulações. Nesse momento vi minha vida mudar, as internações se tornaram recorrentes, o sofrimento não só para mim, mas também para minha família, pois essas internações eram sempre muito longas.
Minha autoestima lá em baixo, psicologicamente abalado e fragilizado. Em função dessas internações, tive infecção hospitalar, chegando a UTI. Hoje estou bem, uso medicação biológica que mudou minha vida para melhor. Quero dizer pra todos que sofrem com Psoríase ou Artrite Psoriásica que as lesões e as dores nas articulações, podem serem amenizadas em sua grande maioria, como foi no meu caso.
Só dependemos da ajuda de um Sistema de Saúde que identifique, saiba acolher e tratar dessas doenças.
Gostaria muito de agradecer com esse meu depoimento às pessoas que sempre estiveram ao meu lado:
Alice Gonçalves
Paula e Ana Lúcia Gonçalves
Júlio Júnior e Rafael Castro
Jane de Castro
Cleide Divina
E em ESPECIAL A ROSELI CASTRO GAMELEIRA!!! (MINHA MULHER).


Luiz Fernando Tudela Valenzuela, eu nasci no Chile em 1971. Começou os sintomas da psoríase aos meus 15 anos, tendo coceira na cabeça e muita caspa. O dermatologista receitou corticoide e teve um efeito rebote espalhando a doença por todo o corpo de forma moderada. Naquela época não se conhecia muito sobre Psoríase e havia muito preconceito pelas feridas. Isso me animou fazer um tratamento natural com médicos de Cuba, não obtive muito sucesso. Aos 17 anos, fui morar na Argentina onde tive minha primeira crise de psoríase. Os médicos me internaram numa ala de infectocontagiosos. Como o HIV estava no auge, fiquei em suspeita por algumas semanas. Fiquei anos sem procurar tratamento, até que comecei um tratamento com luz ultravioleta. Não consegui ver muita melhora, até conhecer os corticoides em creme, usei e abusei, e cada vez tinha mais efeito rebote. Chegando ao Brasil, conheci um tratamento que por muitos anos foi um sucesso, alguns anos depois eu tive a minha primeira hepatite medicamentosa, tive que parar esse tratamento. Em 2001 não entendia a dificuldade em caminhar e as dores que sentia, fui incentivado a fazer um tratamento de Acupuntura no Hospital São Paulo, onde ouvi pela primeira vez falar de Artrite Psoriásica. Fiz Acupuntura por alguns anos, mas não tive muito alívio nas dores e nas feridas, que na época já tomava todo o corpo. Foi quanto iniciei um tratamento com medicação biológica, que após 04 anos de sucesso, perdeu resposta e foi associada aquela medicação que tinha causado a primeira hepatite, causando assim à segunda. Atualmente sou atendido no Hospital do Servidor Público Estadual, onde trocaram para outro biológico e estou muito bem, sendo acompanhado pela Dermatologia e pela Reumatologia.
Luiz Fernando Valenzuela O ESPERANÇOSO

Marcelo Egydio Lucato, tenho 64 anos, o diagnóstico de Artrite Psoriásica se deu em setembro de 2015, na sequência de uma crise de dor generalizada que me levou a procurar um reumatologista. O que inicialmente se pensava tratar-se de gota (por conta de um índice instável de ácido úrico) teve uma manifestação atípica gerando dor em muitas juntas e articulações ao mesmo tempo. Fiz até um esquema para poder explicar ao médico a sensação de ser um boneco de “vodu” inteirinho espetado. Uma pequena descamação na unha do indicador direito, que eu imaginava ser algum resto de tinta branca que teria restado depois de algum trabalho, foi o que levou à conclusão do diagnóstico. Desde então, o tratamento mantém a doença controlada.


Meu nome é Maria Aparecida Silveira Vieira, tenho 59 anos, moro em Itajaí – SC, fui diagnosticada com psoríase com 17 anos, começou no couro cabeludo e depois foi para o corpo todo. Foi difícil aceitar que tinha essa doença, pois ninguém da minha família teve, fiquei desanimada e com vergonha de sair de casa, usava roupas que não aparecesse às lesões, tinha receio que as pessoas tivessem com nojo de mim. Quando aparecia às lesões eu notava que as pessoas não chegavam perto, com medo de pegar. Eu sabia que não era contagiosa, pois os dermatologistas que passei haviam falado sobre isso, eles me davam livros para que eu soubesse tudo sobre essa doença. Tomei muitos medicamentos, mais todos me davam reações graves, a única medicação que servia na época foi vitamina A e E, e o sol, nessa época em 01 mês não tinha mais nada no corpo, depois comecei a sentir muitas dores no joelho e quadril, foi quando procurei um reumatologista que diagnosticou como Artrite Psoriásica, desde então faço tratamento com medicação biológica, já troquei três vezes. Com as dores muito fortes nos joelhos e no quadril resultou em uma artrose severa no quadril, que tive colocar uma prótese total, faz 09 anos que coloquei, agora estou com artrose moderada no outro quadril e no joelho um pouco mais grave. Tenho muitas limitações, faço hidroginástica para fortalecer a musculatura, mais a dor e horrível, contínuo lutando para ter uma qualidade de vida melhor. Hoje não sinto mais vergonha do que tenho, aprendi a conviver. Este foi um pouco do que vivi e vivo.
Cida Vieira A ACOLHEDORA

Sou Maria Vanessa Almeida da Silva, fui diagnóstica com Psoríase no ano de 2003, dez anos depois fui diagnosticada com Artrite Psoriásica. Durante um tempo a doença ficou muito ativa, mas com a graça de Deus, e com a ajuda no dia a dia dos médicos no tratamento da doença, hoje posso falar que vivo bem, levo uma vida normal, cuido dos afazeres da minha casa e do meu filho, e ainda trabalho. Graças a Deus vivo bem.
Maria Vanessa da Silva A OTIMISTA

Mário Níveo Graciano de Souza, aos 17 anos de idade foi diagnosticado com Psoríase. Desde então iniciou uma busca por entender a doença e encontrar caminhos para conviver com ela, já que cura - era algo impossível. Tratamentos e mais tratamentos. Melhoras e pioras… Nesta caminhada aprendi que entender uma doença é sobre: se aceitar, se respeitar, agradecer à vida e nunca desistir.
Mário Níveo O AGRADECIDO

Paulo Leonardo De Pra da Silva, 32 anos, diagnosticado com psoríase aos 18 anos, desde então a batalha física e psicológica começou, e a minha reclusão social, pois a falta de conhecimento sobre psoríase ainda gera muito preconceito. A minha própria falta de conhecimento também sobre a doença, me fez tomar caminho e decisões que só agravou minha condição, me vi sendo consumido emocionalmente e fisicamente pela psoríase, que tomou conta de todo o meu corpo, muitas dores muitas e noites sem dormir, pois minha pele parecia que estava sendo rasgada por anos, até que minha família e amigos me fez acordar para a vida. Desde então passei a ser mais social e ter mais qualidade de vida, sem me importa com o que estava na minha pele, pude viver novamente como: sair, passear e curtir momentos de lazer. Após o tratamento e controle da psoríase que já tomava 95% do meu corpo, hoje estou totalmente controlado e sem lesões. Aproveito para agradecer a todos que me apoiaram e acompanharam nessa trajetória, seja dando força e/ou incentivo, só assim pude achar o equilíbrio para parar de viver somente para a doença e assim ter o controle dela.
Paulo Leonardo da Silva O SÁBIO

Chamo-me Rita de Cássia Silveira Brandão, tenho 56 anos de idade e minha profissão é quituteira. Fui diagnosticada com Artrite Psoriásica há dez anos. Tudo começou quando começou aparecer algumas escamações principalmente na cabeça, depois no rosto e por último no corpo todo. Passei por diversas situações constrangedoras na fase aguda da doença, mas é importante a sociedade saber que não é doença contagiosa. Consegui a superação e o tratamento no Grupo de Psoríase da Dermatologia e Reumatologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Agradeço a Deus, a minha família e à Santa Casa por me ajudar!


Sou Shirley Fátima Alves Delgado, tenho 66 anos, convivo com psoríase desde 2004. O diagnóstico foi feito rápido e foi feito através de uma biópsia. Sinto-me vitoriosa por me amar e me respeitar, e não vejo a PSORÍASE como uma doença, pois agradeço muito pela vida, o que faz me olhar no espelho e ter orgulho de mim mesma. Hoje, como presidente da PSORIERJ NOVA PSORIERJ (Associação dos Amigos e Portadores de Psoríase do Rio de Janeiro), apesar de ser bem informada sobre a Psoríase fui procurar me informar mais ainda para que eu pudesse me defender e defender à família PSORIERJ. A informação e a divulgação são as formas principais para combater o preconceito e a discriminação. Gostaria de mencionar que o Dia 29 de Outubro é o Dia Mundial da Psoríase!!!


Meu nome é Silvia Galli Gilbrail de Oliveira, fui diagnosticada com psoríase com 30 anos. Convivo com essa doença exatamente há 35 anos. Essa convivência, nem sempre foi tranquila, após o falecimento de meu pai, que no final de vida tinha psoríase eritrodérmica e postular, desenvolvi a patologia no corpo todo, de forma gutata. A princípio me isolei e, sinceramente com muito medo que ficasse igual ao meu pai, mas como Psicóloga Clinica sabia que o isolamento não era a solução e fui à busca de tratamentos e principalmente do conhecimento da doença. Em 2009, com a ajuda de uma grande amiga e também pessoa com Psoríase montei a AAPP, Associação de Apoio aos Portadores de Psoríase, aonde tive a oportunidade de ajudar meus irmãos de pele e principalmente lutar pelos nossos direitos relativos ao acesso de medicações de alto custo e tratamento gratuito. Hoje temos tratamentos excelentes e medicações gratuitas, distribuídas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A minha Fé, o meu conhecimento e a minha força para superar essa doença tão impactante, me fez ter condutas positivas perante a psoríase, que atualmente estou sem manchas e no total controle. Superei-me e, convivo harmoniosamente com a psoríase, sem perder jamais a fé que um dia haverá uma cura para essa doença tão estigmatizante.
Silvia Galli A ESPERANÇOSA

Meu nome é Veridiana de Carvalho dos Santos, tenho 48 anos e atualmente trabalho com Marketing. Desde que era bebê tive muitas alergias, que minha mãe conta que foi complicado, pois não sabíamos como tratar, por não saber exatamente a que se referia tanta coceira no meu corpo. Quando completei uns 09 anos, minha mãe me levou em um dermatologista, lá fizeram uma biópsia e fui diagnosticada com psoríase, porém nesse período não tive muitas crises, passei por esse período de nove anos até os 17 anos sem muitas complicações e crises, mas quando completei os 27 anos, eu tive uma perca muito grande e tive uma crise absurda que veio a manifestar Artrite Psoriásica, fiquei internada durante 22 dias, sem poder andar, pois minhas juntas ficaram muito inflamadas. Desde então tive muitas crise e sempre acabava ficando internada, tomando corticoides. Voltando a ter atendimento na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no setor da dermatologia, comecei um tratamento severo com medicamentos via oral fiz uso de muitos, nesse intervalo tive muitos incômodos porque como tinha placas de psoríase pelo corpo, praticamente em 80%, isso me deixava irritada e sem paciência de responder as pessoas que vinha me perguntar o que tinha em meu corpo, pois o aspecto era muito feio e constrangedor. Foi quando comecei a fazer uso de medicamentos biológicos, tive um resultado muito grande. Hoje, não tenho praticamente nada no meu corpo e até esqueço que tive crises feias de psoríase.
Veridiana dos Santos A COMPROMETIDA


AVISO
Por conta da Pandemia não pode ocorrer a campanha da exposição, então acesse o QRCode e terá mais informações sobre essas doenças e outras doenças reumáticas.
— ** —
Psoríase e Artrite Psoriásica não são doenças contagiosas, então no lugar do preconceito ajude quem precisa da sua ajuda. É uma doença que não tem cura, mas tem controle, não deixa ela piorar e tomar todo seu corpo, procure um especialista.








Área de Atuação:
Responsáveis Pelo Projeto:
versão: 0.922
A minha jornada com a psoríase começou aos 17 anos e cheguei a ter 80% do corpo com lesões. Hoje, graças ao carinhoso e competente atendimento dos colaboradores da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, sob o comando da Dra. Clarice Kobata eu consegui controlar a doença. Embora as manchas sejam imprevisíveis, aprendi a conviver com essa doença sem maiores problemas – eu apenas encaro. Às vezes, eu escondo e outras não. Quando as lesões estão muito ativas e as pessoas me perguntam o que é, principalmente as crianças, digo que estou me transformando no Homem de Pedra do Quarteto Fantástico. É legal, dá uma sensação de estar se transformando num super-herói, o que não deixamos de ser. Por algum momento achei que a doença seria um empecilho na minha vida, que jamais casaria ou constituiria uma família. Hoje, tenho 37 anos, sou casado e tenho 01 filho de 06 meses. Infelizmente, pacientes com psoríase sofrem muito preconceito, pois muitas pessoas acham que é algo transmissível, por pura falta de informação. Por isso, além do tratamento adequado a única forma de minimizar os efeitos negativos da doença nas nossas vidas é não termos vergonha, e falarmos sobre a psoríase de modo que fique claro que não há motivos para que as pessoas se afastem de nós.
Fábio Luiz Mezencio O RESILIENTE